Como o corpo sinaliza AUTENTICIDADE?

Autenticidade define-se como a qualidade do que é verdadeiro.

❓ Mas como podemos observar a autenticidade na nossa comunicação? O que é ser autêntico e não autêntico quando comunicamos?

Há um momento em que as crianças, que até um determinado momento apenas conhecem as emoções primárias (alegria, tristeza, surpresa, etc), passam a incorporar que as emoções que mostram socialmente podem não ser aquelas que estão realmente a sentir. Aprendem com os pais e com os adultos, que eu posso e muitas vezes devo, mostrar uma coisa e sentir outra, dizer uma coisa e pensar outra. É uma forma de mentira.
São as famosas mensagens educativas “não chores aqui”; “sê simpático para a senhora”, “homens fortes não choram”, “se não comeres a sopa chamo a polícia, o papão” e tantas outras.

Normas sociais são importantes para nos organizar enquanto sociedade. Saber estar é importante e é até um divisor de classes culturais.
A forma repressora como o fazemos favorece a criação de uma máscara muito marcada entre o que “sou” e o que mostro socialmente.

Talvez por isso, precisemos obrigatoriamente de contratos escritos, porque a palavra, per se, não serve como compromisso; tal como um sorriso não significa necessariamente abertura e leveza com o outro, pode até ser precisamente o oposto.

Esta repressão pode ser de tal forma que oprime a expressão natural da pessoa e ela torna-se tímida, por medo de se expôr, de errar, de não ser aceite. Demasiada timidez chega a ser uma falta de educação, por constranger a normal fluidez dos relacionamentos.

Em sinal contrário, essa repressão cria a necessidade de conquista. É o medo que leva alguém a querer destruir o outro, a sua índole, as suas ideias ou a detrair o seu nome.
Os medos criam uma capa que não permitem a expressão da individualidade.

???? Autenticidade é a capacidade de expressarmos os nossos valores e opiniões, adaptando-as ao contexto em que a nossa comunicação ocorre mas sem deturpar a coerência com o que pensamos e sentimos.

???? Corporalmente, a autenticidade é facilmente observada na fluidez dos movimentos do corpo, sinalizando espontaneidade e menor controlo (controlo neste contexto é diferente de consciência).
Fluidez e espontaneidade corporais sinalizam autenticidade. Controlo (repressão) sinaliza falta de autenticidade.

O controlo da comunicação observa-se na rigidez do pescoço e/ou das articulações, mãos, pulsos, ombros e tornozelos. Também se manifesta no olhar.
Ao contrário do que o senso comum costuma dizer, é muito comum alguém que tenta manipular a informação que está ser veiculada, olhar de frente de forma ativa para o interlocutor, para perceber se está a conseguir passar a informação enganosa ou que pretende esconder. Controlo do contexto.

???? Como podemos (e devemos) desenvolver mais autenticidade?
A resposta a este pergunta é curiosa, porque a autenticidade em termos absolutos representa o auto-conhecimento.
Auto-conhecimento prático é a resposta.

Já sem espaço, mais nos próximos artigos.

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